Os alunos do 8º período do curso de Medicina, da Faculdade Presidente Antônio Carlos de Araguari, promoveram, no dia 29 de agosto, um minicurso sobre acidentes com animais peçonhentos. A temática foi abordada pelo coordenador do curso de Medicina, Prof. Dr. Alex Rodrigues Miranda.
De acordo com o palestrante, o curso foi bastante proveitoso, principalmente devido à relevância do tema na região. “É uma temática extremamente pertinente para a realidade nacional. Os acidentes com animais peçonhentos ganharam relevância em todo o Brasil. Os escorpiões e aranhas estão cada vez mais domiciliarizados, aprendendo a conviver com o ser humano. Em nosso estado nós temos problemas principalmente com acidentes causados por aranhas e escorpiões, tanto na nossa região, quanto na capital e outras grandes cidades brasileiras”, ressalta.
Miranda afirma que os acidentes com animais peçonhentos são doenças negligenciadas. “Nós avançamos no combate a várias doenças. Temos tecnologias mais modernas e eficazes, porém, em relação ao tratamento dos acidentes com animais peçonhentos, usamos uma técnica muito parecida com a de 20 anos atrás. Como é um tema que, até recentemente, atingia uma parcela da população sem interesse econômico, as grandes corporações farmacêuticas e complexos tecnológicos de saúde não tinham interesse nesse investimento. É muito importante sensibilizar os alunos durante a graduação, porque das pesquisas desenvolvidas nas faculdades podem surgir novas tecnologias e intervenções que venham a beneficiar os usuários do sistema”, destaca.
Segundo Andressa Borges de Faria, estudante do curso de Medicina, o minicurso foi promovido para sanar dúvidas em relação ao tema. “Nós ainda não tínhamos muito conhecimento a respeito do assunto e no Pronto-Socorro aparecem diversos casos de acidentes com animais peçonhentos”, explica. Durante o encontro foram discutidos os tipos de animais peçonhentos da região, envenenamentos e terapêutica. “O palestrante comentou sobre sua experiência na área, pois já trabalhou em Rondônia, onde ocorrem muitos acidentes ofídicos. Ele apresentou os tipos de cobra, fez a classificação, abordou o tipo de tratamento para cada um, enfatizando leve, moderado e grave”, comenta Andressa.
Ainda no minicurso foi discutida a terapêutica, desde o diagnóstico, quadro do paciente, medicamentos e o tipo de soro utilizado em cada um. “Acredito que os alunos gostaram bastante, pois todos permaneceram do início ao fim do evento. Estamos pensando em promover mais cursos na área de urgência, como em fármacos da psiquiatria, que é uma temática que ainda gostaríamos de discutir durante o curso”, conclui a estudante.
A Faculdade Presidente Antônio Carlos de Araguari parabeniza os estudantes do 8º período do curso de Medicina pela iniciativa.