PROJETO MAPUTO 2014/2

Aproximadamente oito milhões de crianças morreram, em todo mundo, no ano de 2010, antes de completar cinco anos de idade, em grande parte devido à pneumonia, diarréia e complicações no parto. A cada dia, cerca de três mil pessoas morrem no mundo em consequência de doenças negligenciadas como malária, leishmaniose visceral, doença de Chagas e doença do sono. Presente em 110 países do mundo, a malária, por exemplo, apesar de erradicada da Europa e dos EUA, persiste especialmente nos países pobres da África e Ásia. Antes de ser uma doença tropical é uma doença com uma forte componente de determinação social (LIMA, GUIMARÃES, 2007). A África subssariana tem ainda o maior índice de prevalência de fome no mundo. Enquanto essa situação permanecer, o desenvolvimento humano de milhões de africanos continuará em risco.

Moçambique é considerado como um dos países mais pobres e menos desenvolvidos do mundo. Segundo dados da UNICEF (2010), em 2008/2009, de 21,5 milhões de pessoas em Moçambique, 60% da população vive abaixo da linha de pobreza.

Ao longo da última década, Brasil e Moçambique vêm estreitando
progressivamente os seus laços através de uma série de intercâmbios, nas mais diversas áreas e, a partir daí, tem retomado conexões há muito tempo adormecidas, a despeito da história comum que liga os dois países na sua origem.

A UNIPAC Araguari tem sido parte no processo de ligação Brasil – África e há três anos tem enviado regularmente equipes de saúde para a cidade de Dondo em Moçambique para colaborar com ações de saúde no país.

Em setembro de 2014 a sétima equipe do projeto de extensão universitária composta por médicos, enfermeiros, nutricionistas e estudantes esteve durante 10 dias trabalhando com populações carentes. Além do apoio ao próximo os participantes também vivenciam uma experiência transcultural. Segundo a OMS, para assegurar a saúde das futuras gerações, é necessário promover melhoria das condições de vida das populações com enfoque na infância e proteção às populações de risco com universalidade no acesso à saúde, dentre outros. É necessária a conscientização dos governos para o adequado enfrentamento das doenças em suas amplas esferas, desde a promoção a saúde e prevenção primária, ao tratamento e reabilitação dos doentes.