Simpósio Transformação – da identidade de gênero a redesignação sexual

No dia 26 de março de 2018, a Liga acadêmica de Fisiologia Médica (LAFIM) em parceria com a Liga acadêmica de anatomia e Dissecação (LAAD) promoveu o Simpósio Transformação – da identidade de gênero a redesignação sexual. A atividade teve como objetivo contribuir para a quebra de paradigmas existentes na saúde sobre o atendimento do públicos trans, trazendo para os ouvintes um contato com profissionais especializados nestes atendimentos, relatos de experiências e como se dá o manejo desses pacientes no sistema único de saúde. 

Compareceram 90 pessoas, sendo a maioria discentes do curso de medicina e alguns profissionais da área da saúde. Os ouvintes contribuíram de forma significativa para o evento, acrescentando com perguntas, debates e interações durante as palestras. Participaram também de uma roda de conversa antes do intervalo, que se deu após as três primeiras apresentações, contribuindo para que houvesse uma visão multiprofissional do assunto, enriquecendo ainda mais nosso evento. 

Na percepção de Jhonatan Pereira Castro, líder da equipe, esse trabalho permitiu que o grupo pudesse vivenciar diversas situações conflitantes e trabalhar diante das adversidades, uma vez que por se tratar de um conjunto bastante extenso, houveram alguns embates e entraves de opiniões. Ademais, esse projeto permitiu que pudéssemos trabalhar com um tema pouco comentado durante nosso processo de formação, acrescentando imensamente no aspecto social, além do científico. Foi percebido durante o processo de busca de público que existe um certo paradigma e resistência para se trabalhar com esse assunto, mesmo entre futuros profissionais de saúde. Diante disso, devemos debater cada vez mais e criar oportunidades para que haja uma maior interação entre o atendimento do público trans e os alunos do curso de saúde. 

Segundo Vitória Felice Camargos, membro da LAFIM, o evento propiciou um intercâmbio de experiências, percepções e análises do “mundo trans” que fomentou a formação acadêmica e irá garantir a composição de um futuro profissional da saúde com uma visão holística e atendimento integrado. Ainda, a seu ver, foi um momento de grande valia, visto que se discutiu a importância de um atendimento à saúde livre de preconceito e bastante humanizado.